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Yes, nós temos Instagram

19/05/2015

Este novo perfil veio acompanhado do recorrente “por que eu não fiz isso antes?”. Mas o importante é que veio. 🙂 E agora os bigatos têm no Instagram uma página para chamar de sua: @doisgatos

Ó os gatos, meu!

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Por Juliana Pugliesi

O fim

18/12/2013
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“That’s all, folks!”, dizem Manjar e Mingau no final do episódio. Cai o pano.

Gente, é isso. Chegamos aqui àquele momento em que é preciso se despedir e declarar o fim do blog – mesmo que seja temporário, para voltar num futuro. Silêncio. Canto da boca fazendo curvinha para baixo. Mas é sério. Ai, eu sei! 😦

Bigatos foram uma revolução na minha vida, me mostraram um novo mundo (que eu amo!). Mas com o tempo as novidades acabaram, estabelecemos uma vida em comum, criamos uma rotina e aquela vontade toda de escrever sobre a gataiada passou. Logo, o mais honesto é parar por aqui.

Amei, amei e amei escrever durante esses quatro anos sobre felinos, compartilhar com vocês os meus bigatos, curtir os seus gatos, ler comentários, pesquisas sobre o assunto. Muito, muito, muito obrigada. Espero que vocês tenham se divertido tanto quanto eu e que se lembrem com carinho deste espaço (que continuará por aqui, inclusive com as atualizações do Instagram).

Um beijo grande, até a próxima e again: muito obrigada! Foi um prazer. 🙂

Por Juliana Carpanez

Cat café: a experiência

26/10/2013
Gato malandro é aquele que dorme no cat café: feche os olhos e ninguém o atormentará

Gato malandro é aquele que dorme no cat café: feche os olhos e ninguém o atormentará

Indo direto ao ponto, cat cafés são puteiros de gato: nesses estabelecimentos, você paga para ter a companhia de felinos, enquanto beberica uns bons drink (ou só um cafezinho, como sugere o termo em inglês). Sempre gostei dessa ideia, que parece incrível para alegrar a vida daqueles (infelizes) que não têm gatos ou para quem está longe de seus animais de estimação.

Mas essa boa impressão pode cair por terra quando você vai a um desses lugares. Foi assim comigo, recentemente, durante minhas férias no Japão (tentei soar casual, mas a real é: YEAH, BABY, EU FUI PARA O JAPÃO). E aqui conto como os cat cafés são muito, mas muito mais legais na teoria do que na prática.

Na minha lista do que conhecer na viagem, os cat cafés obviamente apareciam como prioridade. Primeiro pela curiosidade de ir até um lugar desses. Segundo porque eu sabia que sentiria muita saudade dos bigatos – hipótese que se confirmou diariamente durante as férias.

Cat café tem vários arranhadores e muito constrangimento entre os clientes

Lembra do bailinho, quando ninguém te tirava para dançar? Então…

Escolhi o lugar mais conveniente: em Osaka, passei na frente de um prédio, vi a plaquinha e lá fui eu para o quarto andar. O preço é meio padronizado: você paga 1.000 ienes (cerca de R$ 25) e pode ficar no local por uma hora. No meu caso, o valor dava direito a um bom drink: eu fui no suco de manga, mas também havia cafés e bebidas alcoolicas.

Antes de entrar pela porta telada, todos precisam tirar os sapatos. A atendente dá então aos clientes o cardápio com bebidas e uma lista com as regras em inglês. Não pode: tirar foto com flash, fumar, dar bebida aos gatos, incomodar aqueles que estão dormindo ou pegá-los no colo.

Contei 12 gatos no estabelecimento: metade deles estava dormindo. A outra metade fez a egípcia

Contei 12 gatos no estabelecimento: metade deles estava dormindo. A outra metade fez a egípcia

Creio que os gatos são informados sobre essas regras no momento de sua contratação – assim, se quiserem evitar os clientes, basta dormir que ninguém os atormentará. Pelo menos metade dos bichos (contei 12 deles) estava dormindo e foi aí que percebi a roubada do cat café: gato não é cachorro, geralmente resiste a pessoas novas e não vai dar bola para qualquer um que chega perto. Como eu, ingênua, tinha esperado algo diferente?

Diante disso, não surpreende o fato de eu ter sido fortemente rejeitada por toda e qualquer criatura de quatro patas residente no local (uma sala grande, cheia de sofás e arranhadores). Mesmo com minha gargantilha de gato – um indicador que eu era torcedora do time deles -, todo felino do qual eu me aproximei deu um jeito de sair fora. E quando recuei, permanecendo sentada, fui solenemente ignorada.

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Passa mais tarde, agora estou comendo

É uma situação bem constrangedora, porque você fica lá, sem nada para fazer, esperando alguém vir falar (miar) com você. E ninguém vem. E quando você vai, eles saem (MAS É CLARO, ORA, ELES SÃO GATOS!). Se fosse um puteiro de verdade, e não de gatos, eu seria aquele cliente muito fedido, de quem nenhuma das moças chegaria perto. Foi assim que me senti (que dó! Que dó!).

No auge do meu constrangimento, tentei fazer contato com um cosplay do Maru – chamado Shakt, ele imitava tão bem o gato famoso que até ficava dentro de uma caixa de papelão. Shakt aceitou minha tímida aproximação, depois meu carinho e, quando achei que tinha feito um amigo, o bicho APENAS arranhou minha mão.

Cosplay é tão parecido com o Maru que fica até na caixa de papelão

Cosplay é tão parecido com o Maru que fica até na caixa de papelão

Foi assim que eu decidi ir embora, 25 minutos depois de ter entrado, deixando para trás os outros 35 minutos pelos quais eu já tinha pago. Saí de lá com a certeza de que os gatos nasceram para ser servidos – servir, definitivamente, não é com eles.  🙂

Este foi o gato com o qual melhor me relacionei. Não o cinza, da frente. O branquinho, do copo, que cuidou do meu suco de manga

Este foi o gato com o qual melhor me relacionei. Não o cinza, da frente. O branquinho, do protetor de copo, que cuidou do meu suco de manga enquanto eu tentava me dar bem  #fail

Por Juliana Fedidona

A história de Bowl, o gato sumido

06/08/2013
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Faz um prato grandão de ração, que eu tô com fome. Valew!

Estou ensaiando há alguns dias para postar aqui a história de Bowl, um gato fofíssimo da cara achatada. Como a vida é cheia de (boas!) surpresas, durante a minha demora para escrever esse causo tomou um novo (e bom!) rumo. Spoiler: a história abaixo tem final feliz.

Bowl é o ilustre morador da casa onde minha irmã está fazendo intercâmbio. Considerando a cor dos pelos, ele poderia ser primo dos bigatos – mas as semelhanças param por aí. Bowl fala inglês, mia o dia inteiro (Manjar só faz isso quando protesta conta sua dura vida) e anda solto pela calma cidade onde vive – daí a origem das folhas que aparecem sobre a cama da Luísa.

Em sua estressante rotina, o gato da cara amassada sai para passear de manhã e volta sempre à noite, a tempo do jantar. Tem sido assim desde que minha irmã se mudou para lá e (que os bigatos não saibam!) virou BFF do bichano. Mas há duas semanas essa história mudou, quando Bowl sumiu. :\

Minha irmã escreveu um e-mail contando que ele não aparecia em casa fazia três dias e, a partir daí, esse era o tema de todas as nossas conversas. Eu falava com ela para saber dele, mas, para nossa tristeza, as atualizações ficaram cada vez mais escassas. Os dias foram passando, até que a gente se conformou em se conformar que Bowl não voltaria mais para casa.

Assim acabava o meu post – talvez ainda com alguma lição de moral sobre a importância de manter os gatos presos -, mas felizmente eu demorei para escrevê-lo. Há dois dias, chegou um novo e-mail com a notícia de que ele havia voltado para casa. Voltou “sujo e com as patinhas pretas”, mas voltou – para a felicidade geral das nações.

Passada a emoção inicial da chegada, a Luísa me contou o que aconteceu. Durante um passeio, o xereta do gato entrou em uma garagem qualquer. A família não o viu, trancou o bicho lá dentro e foi viajar. Quando voltaram e abriram a garagem, ele saiu – depois de 11 dias sem água nem comida. Mas minha irmã garante que, apesar de mais magro, ele continua falante e todo fofucho.

Abaixo o vídeo comemorativo da chegada. E que minha irmã não me mate por eu ter postado. 🙂


Por Tia Juliana

Apaixogato

04/07/2013
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A foto é espontânea: nenhum animal foi prejudicado durante a produção desta imagem 😛

Os inseparáveis Manjar e Mingau se amam muito, muito, muito. É uma pegada de amor de irmão, aquele que inclui muito carinho, proteção, eventuais arranca rabos e trollagem da boa (tipo a piada do pé deste post). Daí tem aquele outro tipo de amor, do qual os bigatos – castrados e reféns no apartamento todo telado – até então tinham passado incólumes (a palavra besta quer dizer “intactos”, “ilesos”). Recentemente, tudo mudou.

Manjar, bem adepto a um escândalo quando lhe convém, passou a miar alucinadamente na varanda do apartamento de uns tempos para cá. Até que um dia o Alê se debruçou o quanto a tela permitia, olhou para cima e conheceu o motivo de tanto sofrer: um novo gato no pedaço.

Descoberto o mistério, fiz a mãe cega e soltei um: “Aaaaaaaaaaaai, que fofo. Então é porque tem uma gatinha lá em cima”. E o Alê, pai realista, mandou um: “Ah, é gatinha, sim” (apesar de adorar um armário, Manjar é gay assumido).

O romance a distância já dura algumas semanas e, até agora, Mingau nem se abalou com a nova vizinhança. Conhecendo-o bem, acho que ele só se interessaria caso aparecesse por lá uma gatinha rechonchuda, daquelas com calça justa, barriga pra fora e piercing no umbigo. Cada um tem o amor platônico que merece. 😛

Por Juliana Capuleto 

Alergia a gatos

01/07/2013
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Meu nome é Juliana, tenho 34 anos e sou alérgica a gatos. Essa alergia já poderia ser prevista, considerando que passei boa parte da vida com asma e bronquite. Mas ela só foi confirmada mesmo na primeira semana de bigatos, quando eu tive tanta coceira no olho quanto poderia ter (minha alergia se manifesta principalmente no olho, veja você).

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Atchiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!

Lembro do momento em que caiu a ficha sobre minha alergia a gatos. Eu estava me debulhando em amor por eles. Paralelamente, meu olho estava quase caindo. Foi então que eu associei uma coisa à outra – quanta sabedoria, não? 😛

Naquele mesmo momento, apertei um botão chamado foda-se e decidi que todos seríamos parte de uma grande família feliz: eu, Manjar, Mingau e a tal alergia. Eu já fui alérgica a outras coisas, mas dessa vez seria por um ótimo motivo. 🙂

Às vezes, fica insuportável. Por isso, no ano passado, procurei uma homeopata especializada em alergia – e melhorei MUITO. Não me lembro de nomes ou especificações, mas as primeiras bolinhas que ela me deu pra tomar tinham no rótulo algo tão explícito como “alergia a pelo de cães e gatos”. Melhorou. Daí eu parei, piorou. Agora voltei a tomar, melhorou. E assim vamos vivendo: eu, os gatos e minha alergia (apesar dos conselhos de um otorrino sem coração, que me “proibiu” de dormir com os bigatos).

Como #lhedar
A saída que encontrei para amenizar o problema foi esse tratamento homeopático, basicamente. Algumas coisas também podem ajudar, como aquela limpeza (boa) da faxineira (boa). Eu não sigo outras recomendações, mas essas dicas aí embaixo podem – quase literalmente – passar um pano no problema.

– Limite o acesso do gato aos quartos onde as pessoas dormem.

– Use filtros de ar nesses ambientes acima citados.

– Limpe a casa com frequência, de maneira adequada.

– Opte por móveis com menos possibilidade de “abrigar” os elementos causadores de alergia (almofadas não vão ajudá-lo, por exemplo).

– Castre os gatos (mais embaixo você entenderá por quê).

– Dê banho nos gatos ou “limpe-os” com frequência.

– “Penteie” os gatos, para remover os pelos soltos.

– Lave as mãos depois de mexer no animal.

– Converse com seu médico sobre o problema, para encontrar a melhor forma de tratá-lo (isso pode incluir medicações específicas, como foi meu caso).

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Eu e Mingau, durante a produção deste post, obedecendo às instruções do otorrino. #soquenao #naotempreco #espirromesmo

Por que acontece?
Especialistas da Acaai.org (American College of Allergy, Asthma and Immunology) afirmam que o problema é causado por alergênicos (elementos que induzem à alergia) presentes principalmente na saliva do gato. Daí eles se lambem inteiros e já viu, néam?

Esses especialistas dizem ainda que os gatos machos, quando não castrados, produzem um monte de alergênico que soltam pelo ar, dificultando ainda mais a vida daqueles que espirram. O drama seria maior, também, no caso de felinos de cores escuras (thanks, bigatos albinos).

Para acabar
Minha irmã, Luísa, é MUITO alérgica. Muito. Quando ela vem na minha casa, toma um Allegra e espirra tanto, mas tanto, que o nariz dela se transforma no de um elefante (ou algo assim). Agora ela está fazendo intercâmbio, toda pimpona, e na casa onde mora também tem um gato. Outro dia, a gente conversando pela internet, eu perguntei:

Juliana – Você também tem alergia a esse gato, né?

Luísa – Não.

Juliana – Vaca.

Amor de irmão. 🙂

Por Juliana Allegra

Como fazer gatos se darem bem (ou: como introduzir um novo gato)

24/04/2013
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Amor dos bigatos vem de fábrica, com garantia estendida. Mas a vida pode ser dura

Se você chegou neste post via Google, é porque tem um sério problema em casa. Se você fez essa pergunta nos comentários, também. Mas calma: a solução pode estar bem aqui, a um bigode de distância. As dicas servem para melhorar a relação de gatos que não se gostam (tipo terapia de casal) e também introduzir novos felinos sem que eles sofram (ou promovam) bullying.

Como sempre faço nos posts de dicas, peguei informações das melhores fontes que encontrei na internet e tentarei passá-las de uma maneira bem fácil. Mas nada do que eu escrever neste post tem como base minhas próprias experiências: o amor dos bigatos vem de fábrica, tem garantia estendida para toda a eternidade e, portanto, não sofro desse problema (se você ficou com inveja, saiba que eu engordo se comer chocolate).

Dito isso, vamos às dicas.

Aceite e não force a amizade (literalmã)
Você não gosta de muita gente, que eu sei. Então imagina a treta se pusessem você para morar com essas pessoas, dividir a casa, o banheiro, o controle remoto da TV, a conexão Wi-Fi e o pacote de bolachas Calipso. Nesse caso, já seria uma grande vitória se todos se respeitassem – e com os gatos não deve ser diferente. Aceite que eles talvez não se gostem e tente fazer com que a convivência seja da forma mais pacífica e respeitosa. Se rolar isso, já é lucro.

Uia, que legal!
Você, que por padrão já serve seu gato, ganhará mais uma função quando quiser aproximar os inimigos. Será seu dever e obrigação, humano, criar um ambiente bacaninha e divertido quando os rivais estiverem próximos (vale brincar e dar petiscos, por exemplo). Pensa numa cena de faroeste, naquela hora em que os bandidos vão se enfrentar. Cabe a você tirar a música tensa de fundo e colocar um “Gangnam Style”, para acabar com o clima da briga.

Também vale recompensá-los (um jeito agradável de falar, por exemplo) sempre que vir uma situação bacana/fofa entre os envolvidos nesse climão. Por outro lado, nunca estimule ou ignore uma briga: interrompa-a com barulho, spray de água, whatever.

Assim como fazia a tia do prezinho, seu papel será indicar que ter amigos é bom e brigar é ruim. Vale até estrelinha no caderno, se for preciso.

I watch your back, bro

I watch your back, bro

Calma, tem pra todo mundo
Se você não gosta de dividir sua Coca Zero com estranhos, pense que o gato também pode se sentir assim. Portanto, no caso de inimizade doméstica, tenha múltiplos potinhos de comida, de água, caminhas e caixas de areia espalhadas pela casa (pelo menos um por gato). Assim, eles não terão de dividir seus recursos de sobrevivência, e a competição diminui. O mesmo vale para os new cats on the block, que acabaram de chegar a sua casa.

Prazer em conhecer. Ou não
O site PetPlace, cheio de veterinários colaboradores, diz que a chegada de um novo gato pode sempre desestabilizar o grupo de felinos (ou um único animal). Há controvérsias, como o caso de sucesso do Matheus e Marina, mas os especialistas aconselham que a introdução seja feita de forma gradual.

Ela deve começar com os bichos mantidos em áreas separadas por uma porta, e essa barreira vai ficando mais flexível com o tempo. Vale também fazer um leva-e-traz de objetos desses lugares, para que os animais se acostumem com o cheiro alheio.

Nesse processo, os especialistas da ASPCA dizem que cada espaço deve ter os recursos necessários para cada bicho – caixa de areia, pote de comida e de água. Eles ensinam a colocar os potes de comida separados apenas pela porta, para que um animal sinta o cheiro do outro durante uma situação prazerosa (que isso, gordinho?).

Depois de alguns dias, você pode abrir a porta bem pouquinho e ir aumentando esse espaço com o tempo (o período varia de horas a dias ou semanas, dependendo do grau de inimizade). Se der tudo certo, ótimo. Se der tudo errado, vale retomar a introdução do zero e demorar mais até a realização dos encontros.

O tempo para os gatos se acostumarem completamente com seus companheiros é estimado em 90 dias.

Reintrodução
O processo de introdução explicado anteriormente pode virar reintrodução, sendo usado também com gatos que já se conhecem e se odeiam. O adestrador Jackson Galaxy (gênio/mestre/sábio/ídolo) usa essa técnica, reforçando o fato de colocar potes de comida nos dois lados da porta. Assim, diz ele, o bicho pensa: “toda vez que cheiro esse gato, cheiro comida”.

O segredo é só alimentá-los dessa forma, pois os animais não sentirão o cheiro de comida em outras situações. Com isso, eles necessariamente associam o rival a uma situação prazerosa (é interessante que eles não cogitem, literalmente, comer o inimigo). Trata-se do mesmo princípio do Ronald McDonad: você adora aquele palhaço porque sabe que ele lhe oferecerá um monte de delícias (e não estamos falando aqui daquela maçã truqueira).

Carta na manga
O spray Feliway promete aumentar o bem estar e tem o melhor slogan do mundo: “O segredo dos gatos felizes”. Ele indica ao gato que o ambiente é seguro, fazendo com que ele não se sinta ameaçado. Testado e aprovado aqui em casa (só não gosto do preço, equivalente ao valor da felicidade em spray).

Último caso
Se você (realmente) tentar e nada disso funcionar, talvez seu caso não tenha jeito. :\

“Alguns gatos simplesmente não conseguem viver em paz. Como o estresse e tensão crônicos não são saudáveis para as pessoas nem para os bichos, talvez seja mais humano mantê-los permanentemente separados em sua casa ou encontrar uma nova casa para um deles”, diz um texto da ASPCA. Espero, mesmo, que esse não seja o caso.

Por Juliana Conciliadora

Gatos mudam de comportamento no frio. Oba!

21/03/2013
Mingau, num momento de pura humildade motivado pelo frio

Mingau, num momento de pura humildade motivado pelo frio (espia a patinha guardada)

Começou o outono no Brasil e, com ele, tem início a temporada de submissão dos gatos. Sim. Sempre que a temperatura cai, os bichanos (aka reis) descem de seus tronos e deixam suas coroas de lado para se aconchegarem junto aos donos, dando longos shows de fofura. Ai, que delícia (falta só um chocolate quente)!

Na trilha sonora, muitos ronrons de agradecimento àqueles que, durante todo o verão e primavera, são vistos como verdadeiros bobos da corte – existem somente para servir. Mas está frio, o rei está nu e é hora de a gente ter o reconhecimento que merece por tanta devoção.

Eu, enquanto ex-boba da corte (condição temporária, porque o verão sempre volta), tirei os chapeuzinhos de guizo e estou aproveitando meu lugar ao sol (ou melhor, à chuva).

Durmo com a gataiada na minha cola, acordo do mesmo jeito e nem tomei um gelo no sábado à noite, quando voltei de uma viagem de quatro dias. Como a temperatura tinha caído, eles engoliram o orgulho e vieram receber todo o carinho e calor que eu tinha para dar. Chupa, bigatos! 😛

Seu gato também muda muito no inverno? Contaí o que ele faz.

Por Juliana Bontempo

História sem fim

20/02/2013
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O gato, com todo o tempo do mundo, faz plantão em frente à sapateira (dir) usada de esconderijo pela Dona Barata

Se você é uma pessoa curiosa, abandone agora este post – como adianta o título, neste texto você ficará sem respostas. Se você é uma pessoa nojenta, fuja – este conteúdo inclui baratas voadoras. Se você passou pela nossa triagem, essa história é para você. 🙂

Cheguei ontem em casa e a recepção foi bem fria. De um lado tinha a porta por onde eu entrava, do outro tinha a porta da sacada, com um bicho em cima da cortina. Perdi, claro. Sem óculos, levei alguns minutos para entender o tamanho do bicho voador que enfeitiçou bigatos. De óculos, descobri que era uma barata. Ui.

Não morro de nojo, mas também não acho legal. Assim como não acho legal que meus gatos matem outros bichos (viu esse pesquisador radicalzão, o que diz sobre o assunto?). Quando achei que a situação se resolveria com a Dona Barata voando para fora, ela fez a burrice de entrar em minha sapateira, onde sumiu para todo o sempre.

Sem conseguir vê-la, mas sabendo de seu esconderijo, bigatos ficaram de plantão por horas (sério!). Eu não queria que eles comessem o bicho, mas também não queria que a Dona Barata morasse em meu armário. Diante desse dilema, mantive a porta da sapateira aberta e fui dormir — com bigatos ainda de plantão –, crente que a natureza tomaria seu rumo.

Hoje de manhã parecia tudo bem, mas não sei se eles desistiram de caçar ou ela de viver. Ó!

Por Juliana Pintadinha 

Gastigo: gato aprontão ganha apelido de Val Marchiori

23/01/2013
Manjar, em fase de poucos amigos, ganhou apelido de Val Marchiori. Hello!

Manjar, em fase de poucos amigos, ganhou apelido de Val Marchiori. Hello!

Eventos recentes fizeram com que eu trocasse temporariamente o nome de Manjar para Megerinha (alguém tem um PET com esse nome, não consigo lembrar quem é). A situação se agravou e ele passou então a ser chamado de Val Marchiori, ou simplesmente Val, tamanha a (não) doçura. Agora que tudo aparentemente voltou ao normal, Manjar segue com seu nome original – mas ainda proibido de entrar no armário. Vamos por partes.

No ano passado, devido à quantidade de pelos soltos por milímetro quadrado, os gatos foram proibidos de entrar no meu armário. Passei a deixar somente uma parte aberta, onde eles não tinham acesso às roupas.  Mas Manjar quer sempre mais e, insatisfeito com o espaço que abrigaria uma família inteira de gatos, aprendeu a empurrar a porta, conseguindo acesso até a área proibida.

Chegou final de ano, com aquele monte de fogos que os gatos odeiam,  e decidi que deixaria eles ficarem no armário para se sentirem mais seguros: só em 2013 retomaria o controle da situação. Rá. Rá. Rá.

Dois mil e treze veio e eu fechei o armário (outra promessa era fazer o mesmo com a boca, comendo menos, mas enfã…). Manjar, agora já chamado de Megerinha devido ao mau humor causado pela proibição, revoltou-se.

Com apenas uma frestinha da porta aberta, ele conseguiu subir até o maleiro e, de lá, entrar na parte proibida. Ficou preso sabe-se lá por quantas horas e, quando cheguei do trabalho, Mingau era pura angústia. Pelos miados encontrei seu irmão, que derrubou muitas roupas do cabide na tentativa de fugir do armário. Aquele mesmo armário onde ele fez uma revolução para conseguir entrar.

A partir daí, até as frestinhas – consideradas brechas de segurança, neste caso – foram proibidas. E o humor da Megerinha piorou, rendendo ao gato o apelido de Val. Ele ficou distante, mal-humorado e não quis papo por alguns dias. Ficou, em suma, #chatiado. Ficou Val Marchiori.

Nessa fase, Val se escondeu uma manhã. Sumiu. Procurei em todos os lugares, inclusive embaixo da cama, e não encontrei. O tempo passou e ouvi um barulho justamente lá. Foi quando, agachada no chão, ao lado da cama, presenciei o nascimento de um gato: Val “caía” de dentro da cama box, onde fez um buraco.  Vi sair uma cabeça, depois patinhas, o corpo, mais patinhas e o rabo daquele que vai ter, sim, seu próprio armário. Nem que seja em formato de cama box. Suspiros.

Desde então, não vi mais essa cena e Val se acalmou, voltando a se chamar Manjar. Mas ai de mim se inventar que, dentro da cama, gato não fica. Hello!

Por Juliana Tamborindeguy